Mulheres em Transição – Patida Mauad por Luiz Caversan
Sou e acredito que serei até meus últimos dias, uma mulher em transição. Por esse motivo sou uma das personagens que escolherem estar sempre em transição, foi assim que nasceu essa pauta que tanto amo.
Compartilho com vocês, um pedaço da minha história. Continuo sendo essa pessoa, com alguns anos a mais e varias outras experiências de vida.
Histórias me interessam!
Quando decidi sair de São Paulo encaminhei alguns e mails para amigos, comunicando que a minha charmosa casa na Rua Japurá, estava à disposição para aluguel.
Foi ai que recebo uma resposta do Caversan, amigo, jornalista, perguntando o que estava acontecendo, se eu estava de mudança. Iniciamos uma troca de e mails de o que fez com que nascesse essa crônica.
Ele perguntou se poderia escrever sobre. Respondi, claro fique a vontade.
Dias depois recebo o link e para minha surpresa ganho essa crônica linda o que me emocionou, pela percepção e delicadeza com que ele escreve sobre mim.
Foi uma forma de comunicar a outros amigos, que até então eu não sabia como contar minha partida.
26/05/2007
Uma mulher achada
Ela viveu os 1980, 1990 e os sete anos deste século em meio ao que se pode chamar de modernidade. No coração da cultura, dos agitos, das noites, das festas, das loucuras desvairadas dos 80, dos compromissos mais sérios mas não menos “in” dos 90, sempre em meio ao que fazia a vida “valer a pena”.
Uma mulher afinada com seu tempo, independente, casa própria, livre para ir e vir no grande palco da megalópole paulistana e seu mar de “coisas para fazer”.
Mas ela quer mais, muito mais.
Por isso, vai atrás de menos.
Como assim?
É, bem menos, em termos: deixa a vida em São Paulo e vai para o interior de Minas, já que meio a caminho, mais para a frente um pouco, do litoral baiano, o destino digamos assim final.
Estes são, pelo menos, seus planos.
A tranqüilidade como comunica e explica isso espanta, pela pessoa espevitada que ainda é, pela moça articulada e antenada que sempre foi, sintonia fina com as coisas mundanas, melhores e piores.
Ela viveu “de um tudo” e agora quer redescobrir seus desejos e seus ideais e tentar chegar o mais perto possível de ser “plenamente feliz…”
Será que dá?
Não importa. O que vale, aqui, é o exemplo.
Em tempos de tanta gente procurando, tantas e tantas demandas em expansão, tanta gente perdida, eis um exemplo gratificante de uma mulher “achada”, que descobriu exatamente o que quer e vai.
“Eu nunca me bastei, nem tampouco o que vi e vivi. Quero mais!”
Tem gostinho de independência, poder mandar às favas tudo isso e partir para uma vida mais simples e calma, pergunto eu? Ela : “Tem gostinho de liberdade. Independência sem liberdade não tem a menor graça. Quebrar regras e conceitos em busca da vida maior!”
Buscar menos para ser maior?
Com a irreverência costumeira, diz: “É ligar o foda-se, confiar e ir”.
Detalhe: ela está amando…
Será que isso conta?
“O amor chegou no meio do processo, quando tudo já estava acontecendo…”
Um up-grade, um bônus, um prêmio, talvez, para quem teve a coragem de ir atrás de si mesmo, e vai.
Saiba mais sobre esse cara genial, talentoso e meu amigo.