Viajar é preciso

A primeira viagem à Europa… Comecei com uma sorte danada, ao embarcar em SP, deu overbooking e fui escolhida, por estar sozinha, viajar na primeira classe.

Iniciei por Lisboa onde fui buscar um amigo brasileiro, que lá residia, para férias de 18 dias, entre Lisboa, Madri e Barcelona. Arco da Rua Augusta

Primeiro dia em Lisboa, saímos para conhecer o bar de um amigo. Na manhã seguinte uma amiga liga convidando para um happy hour na casa dela, queria me conhecer antes de embarcarmos para Madri. Uma mulher divertida, aposentada com seus 60 e poucos anos, nos esperava com a cerveja gelada e muitas histórias. Na época carregava comigo um álbum com fotos da minha fazenda na BA, que pretendia vender. Achei de bom tom deixar em Lisboa com esse amigo que trabalhava em hotéis e tinha acesso a muitos estrangeiros amantes do nosso BR. A conversa iniciou assim… Você é maluca de vender esse paraíso? Expliquei a dificuldade, sendo mulher e sozinha e não tendo dinheiro para administrar como gostaria me fez desejar a venda. No meio da conversa ela me pergunta se eu poderia deixar um cartão que ela indicaria a um francês velejador, amigo da filha, que procurava uma terra na Bahia, lugar que ele era apaixonado. Amo o mar e amo velejar. Logo perguntei em tom de brincadeira. Ele é solteiro? Ela sorriu e disse sim. Respondi, então pode, deixei o cartão. Sorrimos! Era setembro de 2007. Em janeiro de 2008 recebo um e mail, do tal francês, Philippe. Iniciamos uma amizade profunda a mando do universo. A terra da Bahia era grande demais para o que desejava. Isso foi só um detalhe. Os anos foram passando e nós, sempre em contato. Trocamos desejos, sonhos e fotografias. Uma intimidade foi crescendo e o desejo de um dia nos conhecermos ao vivo e a cores. Ele é apaixonado pelo Brasil e desde os 14 anos quando vinha de veleiro a passeio, a primeira vez com um casal de amigos do pai, e depois de adulto com o seu próprio veleiro. Sim da França até Enseada de Maraú, onde estacionava e vivia por meses às vezes ano, sempre a passeio.Mar

Para uma amante do mar e de veleiro fui abduzida e seduzida por toda essa história. Sempre que vinha ao Brasil tentávamos um encontro, a primeira vez, meu pai se encontrava com um câncer e a possibilidade do encontro foi adiada. A segunda eu acabava de mudar para minha casa nova, construí um sonho, e não tinha verba nem tempo para esse encontro. Até que em setembro de 2010, recebo um e-mail especial; “Patida estou no Brasil que tal você vir velejar comigo? “ Gelei. Trocamos telefones e dois dias depois iniciamos nossas conversas, agora eu ouvia sua voz e ele a minha. O primeiro telefonema foi incrível, uma ansiedade de falarmos, contarmos sobre nós, agora eu falo, agora você,rs. Estava em um momento de uma pequena depressão e com passagens para visitar amigos em SP, cidade que me acolheu e acolhe.. Pensei pensei e mudei a rota, fui para Maraú finalmente encontrar o francês.

Essa é outra história… Viver é melhor que sonhar e o amor não é uma coisa a toa!

15 thoughts on “Viajar é preciso

  1. Amor! Amei! Bom relembrar suas histórias que conheço e será bom também conhecer outras que, por acaso, tenham escapado. ❤️

    • Biba amada, que possamos continuar compartilhando o nosso melhor, juntas por essa São Paulo. Obrigada!

    • Karina que bom que viajou comigo, fique ligada teremos muitos passeios e delicias para compartilhar. beijo!

  2. Que história linda e que texto gostoso, Patida! Embarquei com você Portugal uns instantes… Obrigada por dividir! Beijos e nos encontramos na sua próxima viagem. ❤😘

  3. Oi Patida,viajei com vc …viajar é bom demais…mas vc não contou o encontro com o Francês. Ficou com gosto de quero mais,Bjos.

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